Praticamente todas as Ordens religiosas têm um fundador que inspira um modo de vida. Os carmelitas, por outro lado, não temos um fundador específico, mas sim, um grupo que iniciou um novo estilo de vida no Monte Carmelo, no que hoje é território do Estado de Israel, num vale em frente ao Mar Mediterrâneo chamado Wadi-es-Siah. Este nome sugere ser traduzido por vale dos ermitãos ou vale dos mártires.
Os ermitãos do Monte Carmelo seguiam uma Regra de vida escrita primeiramente em seus corações e, depois, confirmada por Alberto, patriarca de Jerusalém. Esta Regra ajudava os carmelitas a viverem intensamente o espírito de Elias, vivendo na mais completa solidão. Este grupo de ermitãos podem ser vistos como um grupo de peregrinos vindos dos lugares santos que buscavam viver uma vida de oração e silêncio, seguindo a tradição dos profetas do Antigo Testamento. Um esboço de seu modo de vida foi dado pelo bispo de Akko (Acre) chamado Jacques de Vitry nestes termos: “Outros imitando o santo e solitário homem, o profeta Elias, que viveu no Monte Carmelo... perto da fonte de Elias... morando em pequenas celas cavadas na rocha”.
A escolha dos hermitãos pelo Monte Carmelo parece lógica: ali havia rochas que poderiam servir de habitação, água e uma variedade de árvores frutíferas. O nome “Karmel”, aliás, significa jardim florido. A montanha está intimamente associada com a vida do profeta Elias e os ermitãos o tomaram como modelo de vida e inspirador da Ordem. Eles, em sua época e nós, nos dias de hoje, temos o mesmo objetivo: Viver na presença de Deus e dos irmãos.
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